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Cap. 265

— Seja bem-vinda. – saúda Lucretia à viúva Emma que desce da carroça ajudada pelo xerife Austin, que decidiu trazer a mulher pessoalmente.

— Soube que a senhora é enfermeira e se ofereceu para nos ajudar. – continua a ex-dona do cabaré.

— Obrigada! – agradece a recém-chegada. — Espero poder ajudar vocês. Estou vendo que o tal criminoso fez um estrago e tanto por aqui.

Lucretia concorda com a cabeça e acrescenta: — E a senhora só está vendo o que ainda está em pé.

A viúva arregala os olhos e o xerife Austin entra na conversa: — Alguma notícia sobre o sujeito? Já ficaram sabendo que ele era um criminoso procurado famoso?

Lucretia procura manter a naturalidade enquanto responde: — Verdade, demos até que sorte. Pelo que ouvimos, poderia ter sido bem pior.

Austin: — Se ele tivesse vindo com o bando todo, acho que nem Rottten Root, nem New Heaven ainda estariam no mapa.

Lucretia, tentando aparentar surpresa: — Ele tem um bando?

O xerife se aproxima: — Sim! Ele costumava andar com alguns dos piores criminosos que estão à solta. Tomem cuidado, é quase certo que eles devem estar bem próximos.

Lucretia desvia o olhar: — Então, tomara que nossos delegados retornem logo com boas notícias.

Providencialmente, Isabel Maria surge na porta da igreja: — Essa é a enfermeira?

— Sim! – responde uma aliviada Lucretia.

Isabel, com a gentileza habitual: — Então, ela vai entrar ou teremos que começar a trazer as pessoas aqui para fora para serem atendidos?

— Desculpem por isso. – pede uma genuinamente constrangida Lucretia. — Me acompanhem, por favor.

Emma segue atrás de sua guia enquanto Austin pega a bagagem da viúva na carroça sem deixar de acompanhar Lucretia com o olhar.

Falando em olhar, em New Heaven, uma pessoa tem seus olhos brilhando, ou seria melhor dizer faiscando, conforme as portas do celeiro se abrem e a luz encontra o que sobrou do Grand Circus Wondernoff.

A figura passa por entre caixas e sacos, chegando a resvalar as mãos em alguns deles. Respirando fundo e sentindo cada lembrança, uma voz ainda rouca comemora:

— Tudo meu! Finalmente!
 

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